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Canduras

A sensibilidade melancólica de um sorriso simples. Um mundo cheio de nadas e nadas cheios de mundo que preenchem paredes cheias de sonhos.

Canduras

A sensibilidade melancólica de um sorriso simples. Um mundo cheio de nadas e nadas cheios de mundo que preenchem paredes cheias de sonhos.

Auto-promoção (e muita fandom)

por Ana Luisa, em 06.11.13

Muse ao vivo no Estádio do Dragão: a celebração.


Eles trouxeram luzes, fogo, actores e dinheiro. 45 mil pessoas aceitaram a oferta.


 

45 mil pessoas dirigiram-se ao Estádio do Dragão no Porto no passado dia 10 de Junho para assistir a mais uma passagem da banda britânica Muse por Portugal. O culto aumenta, e à medida que mais gente reconhece o seu valor, maior espectáculo eles dão aos seus fãs.

               

A ânsia era grande. Com o aquecimento dos We Are The Ocean, ensaios de cânticos de apoio e a frequente onda, o tempo foi passando, e com a escuridão, começou Supremacy, com uma aparente fábrica vibrante em palco, que iluminava todo o estádio com chamas.

Grandes êxitos se seguiram: Supermassive Black Hole, Panic Station (com um Cristiano Ronaldo dançante em animação, entre outros), Animals ou Feeling Good. Estas duas faixas foram coreografadas ao pormenor por actores que alertavam para a crise social actual, através da ganância, ou da obsessão com o petróleo. O trio de Brighton presencia também o público nestes momentos com notas falsas – “Musos” – que são peça importante numa plataforma online, que disponibiliza conteúdo exclusivo à medida que mais “dinheiro” é arrecadado.

No entanto, e apesar de todo o aparato, é a música que une corpos e ao som da aclamada Knights of Cydonia, tal Dragão rugindo, a plateia acompanha Matt Bellamy nos seus cânticos megalómanos, sem falhar uma nota. Também faixas com Starlight, Plug in Baby, ou Hysteria nunca são esquecidas pela banda exactamente devido à massa humana que demanda ouvi-las. Foi totalmente visível esse desejo nesta tão esperada noite.

               

Para honrar a vertente das baladas e fazer chorar corações, os Muse decidem brindar os portugueses com Unintended, música que fez flutuar luzes de telemóveis por todo o estádio, um momento transcendental há muito esperado, num pequeno palco perto do público.

               

No entanto, a intimidade acaba quando “Charles”, um robot gigante de dois metros entra em palco e traz a pompa e a altivez para um encore final, onde singles aclamados como Uprising encerraram uma setlist com falhas mas muito satisfatória para os fãs portugueses que muito ansiaram por este momento.

 

Os Muse são uma banda que liga pais e filhos, homens e mulheres, gerações de amantes de música que se deliciam com cada nota. Mathew Bellamy, Chris Wolstenholme e Dominic Howard não necessitam de receitas: cada estilo seu é identificável. Mesmo quando esse mesmo estilo já não agrada tanto aos fãs. No entanto, os mesmos fãs sabem das suas capacidades para maiores, melhores, e mais pomposas obras-primas que poderão existir. Eles prometeram um álbum mais rock para o próximo ano. Será o regresso ao Origin of Symetry? Não sabemos. Mas podemos apostar que será bom.



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